SEMANA
DE 28/03 A 01/04/2022
CULTURA
DIGITAL
PROFESSOR
CLEIDSON
Notícias falsas
Os avanços da tecnologia proporcionam diversas facilidades para o
cotidiano das pessoas. Uma delas é a internet, cada vez mais presente nos lares
e dispositivos móveis da população brasileira. Porém, se todo mundo pode
produzir conteúdo e postar a qualquer momento, como saber quais informações são
verdadeiras e quais fontes são confiáveis? Confira algumas dicas do
professor Marcelo
Crispim da Fontoura, da Escola de
Comunicação, Artes e Design – Famecos, e como você
pode evitar compartilhar conteúdos falsos:
1. Sempre
identificar a fonte: a procedência da informação diz muito sobre sua
natureza. Textos e imagens recebidos via aplicativos de troca de mensagens
podem não possuir uma autoria identificada. Desconfie nesses casos. Se alguma
informação for verdadeira, ela terá respaldo em veículos de imprensa
profissionais e na mídia. Informações divulgadas sem fonte são a principal
forma de gerar desinformação. Suspeite também de mensagens “assinadas” em nome
de órgãos governamentais. Se forem verídicas, elas podem ser encontradas
facilmente nos sites das instituições.
2. Confira as datas das notícias: ao receber e enviar informações para amigos e familiares é importante
conferir qual a data de publicação e/ou atualização das matérias. Mesmo sendo
verdadeira, uma notícia publicada há alguns anos pode ser inválida para
discussões atuais. Lembre-se que, na internet, muitas vezes as notícias antigas
têm a mesma cara das novas.
3. Olhe
o outro lado: para não acreditar em uma notícia que se encaixa
perfeitamente na sua visão de mundo, é importante considerar que quase tudo tem
um contraponto. Um acontecimento, por exemplo, tem muitos lados. Se uma matéria
expressa exatamente o que alguém pensa, ela pode ter sido feita justamente para
confirmar uma opinião. Isso tem a ver com o chamado viés cognitivo: a tendência
é a acreditar no que condiz com um ponto de vista prévio.
4. Fique
atento à ortografia: conteúdos e informações inventados costumam ter erros
de português. Normalmente, são deslizes perceptíveis de ortografia e
concordância, além de frases que parecem não se encaixar.
5. Grupo
da família não é fonte: para não cair na tentação de confiar em alguma
informação com base em quem a enviou, e não na fonte, é fundamental lembrar das
dicas já citadas: conferir a origem, os contrapontos e a data da publicação.
Não é só porque um parente querido enviou alguma informação que ela se torna
verdadeira. Lembre-se que a fonte da informação é quem a publicou, não quem a
enviou a você. Pesquise em associações e conselhos profissionais, como o Ministério da Saúde e
a Organização Mundial da Saúde.
Dica bônus: seja
proativo e vá atrás das informações você mesmo. Na dúvida, procure no Google.
Você provavelmente vai encontrar alguma checagem feita por um órgão confiável
de imprensa. O mais importante é não passar algo adiante sem saber se é
verdade.
As fake news
O Ministério da Saúde recebeu 9.900 mensagens solicitando a checagem de
informações a respeito do coronavírus entre os dias 21 de janeiro e 12 de
março. Apenas 495 eram verdadeiras, e 8.910 eram falsas. Esse comportamento tem
se tornado cada vez mais comum e, segundo o Massachussetts Institute of Technology (MIT), uma informação falsa se espalha 70% mais rápido do que a
verdadeira.
Atividade
Faça um texto no caderno com suas palavras dizendo o que fazer para
detectar e evitar compartilhamento de notícias falsas.
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